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Nua e Crua
Na verdade, é tudo injusto e desnecessário. Não há mistério algum. Essa é a realidade, nua e crua. Tudo que há são mãos pueris que trabalham enquanto outras brincam. Só há, de um lado, o futuro e, de outro, o fim. Só há o silêncio e o descaso, assentados e irremovíveis do palanque sagrado da desigualdade. E como sofreram os profetas que vislumbraram a vitória, que quiseram derrotar a feiúra que caminha pelos corredores da história. Como rodaram as rocas e os teares que tecem fios inquebráveis, grilhões que passam qual herança, atravessando as gerações. Há, claro, relâmpagos na escuridão, mas será que estamos prontos para aceitar sua luz?
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